Sunday, February 11, 2007

Fotos 2006

Gosto tanto desta foto, tirada por mim, quase que tirada a mim.
Por isso tinha que a por aqui para respirar o mundo e para que o mundo a respire.


E esta também tá gira...! É quase um tributo ao anonimato ou coisa assim...
Tanto dá para ver o homem a olhar para o miúdo num instante pai-filho, como estar virado para lá, para a parceira de jogo... é o que se quiser. Sugestões...?

Thursday, February 08, 2007

Lucky Number Slevin


O realizador Paul McGuigan, o mesmo de Wicker Park (um dos meus predilectos e também com Josh Hartnett) muda radicalmente de estilo e apresenta-nos a sua visão do submundo gangster, com um filme inesperadamente violento (os trailers davam mais a ideia de comédia com pozinhos de thriller que outra coisa).


Josh Hartnett é Slevin, acabado de chegar a Nova Iorque e confundido com o seu amigo Nick Fisher, sendo por isso apresentado aos barões da máfia e arqui-inimigos The Boss (Morgan Freeman, igual a si próprio, ou seja, igual a dezenas de outras personagens) e The Rabi (Sir Ben Kingsley, irreprensível na obsessão e fanatismo necessários à compreensão da personagem).
Lucy Liu é Lindsay, a vizinha do misteriosamente desaparecido Nick, que mergulha no mistério e dá de caras com Bruce Willis. Slevin é então encarregue de pagar uma dívida de Nick e para isso são-lhe dadas 48h para "despachar" o filho do Rabi.

Não aprecio particularmente o tipo de filme que parte da premissa em que nada é o que parece, mas se não for levado muito a sério, até é engraçado, apesar de não ser extraordinário. Acaba por apresentar uma reviravolta interessante, com o defeito de ser pouco (quase nada) verosímel, daqueles casos em que o golpe é tão bem planeado que tudo corre como previsto. A única coisa que acontece fora dos planos é, pois claro, o chamado "amor". É sempre bonito, sim, é verdade, mas o romance sai falseado pela reviravolta do filme, uma vez que (atenção ao spoiler!!) se te apaixonas por um inocente e distraído desconhecido, é pouco provável que no dia seguite, ao descobrires a sua verdadeira identidade (de assassino, diga-se de passagem), sigas o seu rumo. Mas pronto, é filme e damos o desconto.
Os diálogos da primeira metade do filme, supostamente um trunfo, pareceram-me pouco originais, não resultando o objectivo de serem cómicos, e quando assim é, tornam-se algo pobres.

Este filme fica na categoria do "Não Aquece Nem Arrefece"; vale o euro que paguei pelo aluguer, mais que isso nem por isso.

Friday, February 02, 2007

Top 10 2006

1 - Brokeback Mountain
2 - The New World
3 - V for Vendetta
4 - Pride & Prejudice
5 - Paris Je T´Aime
6 - House Of Flying Daggers
7 - History of Violence
8 - Superman: Returns
9 - The Departed
10 - Blood Diamond






Filmes por ver e que provavelmente entrariam no top: Marie Antoinette, 007 - Casino Royale (eu que não suporto os 007´s...), The Squid and the Whale, Children of Men, etc.

Filmes mais ou menos (não aquece nem arrefece): Miami Vice, Memoirs Of A Geisha, Hard Candy, Match Point, Walk The Line, Inside Man, Casanova, Lucky Number Slevin, World Trade Center.

Filmes que não gostei (mesmo...): Babel, The Prestige, Lady In The Water, The Black Dahlia, Brothers Grim, Little Miss Sunshine.

Thursday, February 01, 2007

Assim Não

Em assimnao.org podemos ler: "O aborto legal não é meio adequado à eliminação desse sofrimento, à eliminação ou mesmo à redução substancial do mal que é o aborto. Nós não queremos simplesmente acabar com o aborto clandestino, nós queremos acabar com o aborto. E para acabar com o aborto não se oferece o aborto.
Se todos concordamos que o aborto é mau, que o aborto é sofrimento, porque é que ele deve ser a “alternativa” a oferecer às mulheres?"
Assunção Cristas 30 de Janeiro de 2007

"Ora, ou é uma vida ou não é. Se é – e é – só podemos defender que viva. Não é possível, nem lógico, nem “moderado” dizer que é mais ou menos uma vida, que a mulher é que sabe se é vida ou não ou que só é vida se eu acreditar que sim. As coisas não são assim, às vezes as coisas são irremediavelmente mais simples."
Inês Teotónio Pereira 26 de Janeiro de 2007

"A pena de morte foi considerada normal para passar a ser repudiada, pois o direito à vida foi reconhecido e legalmente defendido – veja-se a Declaração dos Direitos do Homem.
Vamos repudiar a vida agora?"
Paula Braz Machado 21 de Janeiro de 2007

"Sabia que:
- A taxa de natalidade em Portugal baixou para metade nos últimos 40 anos.
- Em 2005, a média de filhos por casal foi de 1,5, tendo-se registado apenas 109.000 nascimentos, permanecendo abaixo do nível de renovação das gerações (2,1).
- Em 2006, a Alemanha aprovou um incentivo à natalidade de 25 mil euros por cada nascimento."

Os defensores do "Sim" consideram que o facto de Portugal ser o País da Europa com maior número de adolescentes grávidas é um "problema dramático", palavras de Lídia Jorge. Essa sra. devia ser posta mais vezes a falar na praça pública: qualquer pessoa com meio palmo de testa confronta-se assim com o porquê de não ser pelo Sim e defronta-se com a mediocridade dos seus defensores. Ora bem, se o facto de grande parte dos adolescentes actuais que iniciam a sua vida sexual aos 12 anos (antes? pré-adolescentes então) e de cada namorado/namorada por semana ser uma nova relação sexual não é tido como uma fonte de futuras mães adolescentes, o facto de a ausência de educação sexual (aposto que ausência de educação em casa) não é considerado uma causa de tal problema dramático, então pois claro, aborto convosco meninas-que-são-o-máximo-na-promiscuidade-mas-afinal-são-o-máximo-de-coitadinhas. Coitadinhas mesmo. É certo que tudo o que seja valores vindos de fora, ou seja, da sociedade portuguesa e ocidental (tv, revistas, sei lá mais o quê), lhes diz para serem promíscuas (gosto tanto desta palavra e não suporto a sua personificação), senão são «párias sociais» («Sabes o que quer dizer "pária"? / Nem sei o que quer dizer "social»), mas o que me intriga é: se são tão crescidinhas para desfrutarem tão bem de relações sexuais, porque não desfrutarem tão bem ou melhor das suas consequências tão naturais e humanas? Ah talvez os paizinhos não lhes digam: "Filha/filho, força aí com o namorado/namorada, mas fica sabendo que pode acontecer uma coisa chamada gravidez, ok? Mas pronto, caso aconteça, pode ser que a lei passe e aborto contigo! Ahm, contigo não, com "a coisa humana" que daí vem...".
Aborto convosco indeed.